segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mês de comemorações para o Vasco


O momento do Vasco da Gama não é dos melhores: o clube passa por uma grande crise financeira, possui um elenco bastante limitado e convive com atrasos de salários de atletas e funcionários.


Mas o mês de agosto tem reservado momentos especiais para o torcedor cruzmaltino, que apesar dos problemas vividos, pode celebrar sua história.



Na última quarta-feira (21), o clube festejou seus 115 anos de fundação com uma festa na Sede Náutica, localizada na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Compareceram aos festejos, além de ídolos da história do Vasco e torcedores o governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o prefeito da cidade do Rio Eduardo Paes, ambos vascaínos.




No dia 12 de agosto foram lembrados os noventa anos do primeiro título carioca do Vasco da Gama. A partida foi vencida pelos "camisas negras" por 3X1 sobre o Flamengo.


Essa conquista vascaína retrata a vitória do respeito e da igualdade sobre o preconceito. Um time formado por negros, mulatos e portugueses pobres conseguiu derrotar e deixar a aristocracia escandalizada. No grupo de jogadores vascaínos de 1923 estavam presentes atletas de origens e profissões simples como chofer de táxis, pintores de parede, vendedores, pequenos comerciantes, em contraste com os estudantes e ingleses dos grandes da Zona Sul (Flamengo, Botafogo e Fluminense).




Nesta segunda-feira (26) estão sendo lembrados os quinze anos da Taça Libertadores da América.

O Vasco entrou no torneio continental após conquistar o Campeonato Brasileiro de 1997. A equipe passou por algumas modificações em relação ao ano anterior. A maior delas foi a venda do artilheiro Edmundo para a Fiorentina.

O time de São Januário entrou em um grupo com Chivas Guadalajara, Grêmio e América (MEX). Iniciou sua campanha com duas derrotas para Chivas e Grêmio, ambas fora de casa. Ao enfrentar o América do México, empatou em 1X1 na Cidade do México. O grupo acabou ganhando poder de reação ao atuar em casa e vencer os três jogos de volta.

O Vasco passou para a segunda fase tendo a pior campanha de todos os classificados com três vitórias, um empate e duas derrotas. Nas oitavas de final enfrentou o Cruzeiro, equipe que fora campeã da Libertadores em 1997. O time cruzmaltino venceu o primeiro jogo em casa por 2X1. Na volta em Belo Horizonte, bastou segurar o 0X0 para passar de fase. Nas quartas de final, novamente o Grêmio no caminho, os gaúchos empataram em Porto Alegre por 1X1. Em São Januário, o Vasco venceu pelo placar mínimo.

Nas semi-finais, o adversário era o River Plate, uma das grandes forças da América do Sul na época, que tinha como estrela o jogador Sorín. No jogo de ida em São Januário, vitória vascaína por 1X0 . Na volta em Buenos Aires, os cruzmaltinos tiveram que sofrer com a catimba e pressão argentina. Sorín abriu o placar para "Los Milionários". A salvação do Vasco veio com um golaço de falta de Juninho Pernambucano, calando o Monumental de Nuñez. Gol que é lembrado até hoje pela torcida do Vasco.

A final foi contra o Barcelona de Guayaquil. O primeiro jogo foi realizado em São Januário, que na época abrigava até 33 mil torcedores, mas, segundo os números oficiais da partida, o estádio estava com mais de 37 mil presentes. Toda essa gente viu o Vasco derrotar os equatorianos por 2X0 e praticamente colocar uma das mãos na taça.

Na partida decisiva no Equador, torcedores do Barcelona fizeram barulho na porta do hotel onde estavam hospedados os atletas vascaínos. No vestiário destinado aos visitantes exalava um fortíssimo cheiro de tinta, obrigando os jogadores a trocar de roupa em um corredor do estádio. Durante a partida, total clima de hostilidade dos adversários. A torcida do Barcelona arremessava pedras em direção aos atletas do Vasco. Mas todas essas adversidades foram superadas. O Vasco venceu por 2X1 e levantou pela primeira vez a maior gloria do futebol sul-americano.

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